Pesquisa hardcore

22 dezembro, 2010
Existem diversas razões pela qual, no seu resultado, o livro não avançou.
A mais importante é, contudo, bastante óbvia e trata-se de todo um trabalho de backstage.
Se a história se encontrasse no âmbito da pura imaginação avançaria bastante depressa, tal como a história anterior o fez. Mas como estou a inserir factos históricos, para não falar de personagens que existiram mesmo, requer um trabalho mais complexo.
Se já leram o prólogo, terão notado que Marcus é, sem sombra de dúvida, uma personagem completamente fictícia inserida num momento histórico. Uma vez que as reais personalidade, que fizeram desse momento algo semi-real ao invés de absolutamente irreal, são meramente secundárias ou figurantes, apenas alguns factos historicamente verídicos são suficientes para que a história funcione.
Todavia não é o caso de D. Sebastião.
D. Sebastião, o Encoberto
Não foi uma escolha aleatória de acrescento, mas admito que talvez seja um pouco óbvia.
Talvez seja um pouco difícil de notar, mas Sherrilyn Kenyon e Christine Feehan são duas das autoras que mais me influenciaram na escrita, tanto no que toca a set e histórias, como a personagens. Neste caso, personagens. Não só D. Sebatião foi alguém com uma vida bem atribulada, e um fim dubitável, como tem características que quero trabalhar. Uma delas a sua lenda.
"Whether his body was ever found is uncertain, but Philip II of Spain claimed to have received his remains from Morocco and buried them in the Jerónimos Monastery"
wikipedia.org
Esta foi, sem quaisquer dúvidas, a maioritária razão pela qual funciona eu empurrar esta personagem para dentro da história. Não só isso, como também a ligação que a história que precede esta a Portugal.
Isto tudo porque, se os autores estrangeiros que tanto consumimos vão buscar das suas raízes, eu, que tanto orgulho sinto na minha ancestralidade, porque não o havia de fazer?

2 comentários:

wapy disse... [Reply]

Eu cá acho que quem está nos Jerónimos é mesmo ele ._. Até acho que já vi o tipo da História na RTP2 falar nisso.

De qualquer modo, é uma excelente escolha para puxar o mito à história :]

rainfreak disse... [Reply]

@wapy
Acho que embora tenha de deixar o manuscrito em paz e sossego na parte onde vai surgir pela primeira vez até ter feito pesquisa o suficiente, vai ser uma chave de ouro. Dá-me vontade de que quando termine a história o mande a query, embora não existam intenções de publicá-lo através de editora.

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