NaNoWriMo II

16 novembro, 2011
Um rápido update, porque estou imensamente atrasada com o NaNoWriMo.

A pré-sinopse do volume Storm King na página do NaNoWriMo.
It is up to Drake Bennett to ascend to the throne ruling the dragon kin. However when his parents are killed and he is kidnapped, cursed and tortured his only wish is to die. But fate still wants him alive and his dead uncle comes to the rescue. But after giving away Aria, the most prized dragon treasure and the tool to the ascension ritual, Drake finds out that there is a twin to to the dagger and that the joining of the two are a too powerful weapon in the wrong hands. So it's now up to Drake to find the dagger and null his curse.

E o excerto.
“The Lacrimosa is a pair with the Aria. Think twins,” he explained, waving two digits in the air at him. “Two sides of the same coin, different images – Ying-Yang. The Aria is cleansing side – pure magic. The Lacrimosa isn’t so much. The obsidian blade was carved with tools shed in innocent’s blood. As much as we don’t like it the Lacrimosa dagger is as powerful, if not more, as the Aria. You know the story of the Aria’s creation, right? Scales of a silver dragon and freely given blood of a pure human formed the glyphs of the spell carved in the blade. The Lacrimosa’s power was sealed with ashes of a human body and stolen blood of a dragon – a light dragon.”
“A light dragon?” Drake interrupted. “I thought that was a child’s tale.”
Gabriel shook his head.
“You would be surprised by how much truth tales can contain, my friend. And I should know it.” He said with a boyish grin.

NaNoWriMo

05 novembro, 2011
Kudos a quem se apercebeu que não tenho feito posts. Isto porque me inscrevi para o NaNoWriMo este ano.

E já estou a falhar redondamente. Com a quantidade de trabalho e as aulas que tenho é quase uma missão impossível. Porque o único sítio de onde posso arranjar tempo é depois do jantar. E isso significa ir pela noite adentro e ficar com poucas horas de sono.
Ou seja, as minhas estatísticas já estão em baixo porque: a) no primeiro dia nem metade da contagem fiz e b)já falhei o segundo dia, cuja contagem foi 0.
Anteontem ainda tentei compensar ao fazer o dobro. E consegui meter até as 3500. Infelizmente hoje só vou começar agora e já tenho que tentar chegar ao máximo que conseguir às estatísticas  do dia 4 antes de dormir e continuar as do dia 5 durante o dia. Note-se o pormenor que já é o dia seguinte (5/Nov.).

A história faz  parte de uma série da qual ainda não partilhei nenhuma informação, já que também só agora escrevi todo o plot do primeiro livro. O nome do volume é Storm King e só estará disponível depois do NaNoWriMo terminar. Irei postar aqui mais informações ao longo do mês sobre o livro e voltarei aos posts regulares do blog no término do evento.

Primeira edição do manuscrito

01 novembro, 2011
Já deveras atrasado (trabalho é uma demanda maior), vamos passar ao post de edição primária.

Quando falo em primeira edição não falo propriamente de edição massiva - isto é, de edição do manuscrito completo. Falo sim de edições que fazemos ao longo do tempo que escrevemos, anotações e reescrita de pequenas porções num capítulo ou parte.
Como já vou aproximadamente no fim do 3º capítulo, isto torna mais fácil encontrar aqueles erros matreiros que se escondem de rabo de fora. Encontram-se os erros de plot, os buracos no plot e as coisas forçadas.
O primeiro passo é ter uma versão impressa. E digo que tem mesmo de ser impressa. Isto porque será mais fácil para o cérebro encontrar os erros ortográficos em papel e com um tipo de letra constante (escrito à mão não vão conseguir). Em segundo lugar devem ter canetas - ou lápis, conforme a vossa preferência - coloridas para fazer anotações. Ter post-its ou algo do género à mão também ajuda se tiverem de fazer uma anotação extensiva.

 Versão impressa, com capa de ebook/paperback e uma descrição ao lado.

Pessoalmente tenho um sistema de três cores:
Rosa para cortes de partes desnecessárias o substituições.
 Marcações a rosa das partes que têm de ser modificadas. Verde com nota do conteúdo de substituição.
Azul para erros ortográficos, semânticos ou vocabulares.
 Sublinhado da palavra e correcção na margem.
Verde para pequenas notas idiossincráticas.
As minhas notas são bastante espirituosas quando aleatórias.
Isto irá ajudar a denotar logo os erros no plot e facilitar a edição do manuscrito total.


Como encarar um manuscrito

16 outubro, 2011
Muitos diriam que isto só viria lá para o fim. Mas acredito que isto é uma boa forma de manter os olhos no objectivo - terminar o manuscrito - uma vez que existem pontos fulcrais que podem ajudar durante a elaboração do plot.
Como estou ainda a delinear o plot do actual volume vou mostrar-vos o outline do manuscrito do 1º volume, Somewhere in the Rain de 2007/2009 (e sim, o volume está mais de metade em inglês), que estou a usar para o webcomic SitR

O pormenor da minha desarrumação há quatro anos atrás.
Quando delineei pela primeira vez o SitR (cujo o nome nem era este, mas era tão lamechas que não me atrevo a pronunciá-lo) não tinha a totalidade da história, apenas partes que queria que estivessem obrigatoriamente na história. Todo o plot acabou por ser delineado por tópicos. Usualmente usam-se textos, eu, pessoalmente, tenho a mania das listas. Se tomarem atenção à listagem, os pequenos quadrados a azul não passavam de check boxes. Isto porque eu tinha em mente um determinado número de páginas por capítulo e na altura dividia cada capítulo em quatro partes de cerca de 5 páginas cada.
O que resultou em algo do género:

Só a grossura mete medo ao susto. O facto de estar todo escrito à mão é outra conversa.
Já quando o terminei me apercebi da confusão que estava toda a história - cenas desnecessárias, partes em falta, personagens que atrofiavam, falta de diálogos, etc. Para não falar que o terminei por mera perseverança forçada depois do livro Amanhecer da Stephenie Meyer ter saído a meio da minha escrita. Algo que arruinou a história ou me chamariam de plagiadora, tal como expliquei na altura na minha página da FicitonPress.

Uma vez que já tinha em mente mais dois volumes na série, decidi meter de lado este manuscrito, que acabei por pegar recentemente para o meu webcomic.

O que me ficou todavia de experiência em plots foi o seguinte:
  • É preferível desenvolver o plot de raiz, num método semelhante ao snowflake.
  • Convém ter boas anotações técnicas sobre a construção do mundo existente na história, independentemente de ser ficção fantástica ou não.
  • É bom ter um bloco de notas pertencente somente a cada história. Isso permite desimpedir confusões de informação.
  • É mais fácil ter objectivos curtos que longos. Cortar em partes uma história longa ajuda a manter motivação para terminá-la.
  • Resumir um livro ajuda a ter uma melhor ideia das falhas de um plot quando se escreve um manuscrito do princípio ao fim sem etapas. O método inverso é contudo mais aconselhável.

Calendário - Outubro

07 outubro, 2011
Deixo-vos hoje, como prometido, com o calendário para os posts do mês de Outubro. Ou o que resta dele.
  • Como encarar um manuscrito (perante a edição) - dia 14/15
  • Primeira edição do manuscrito - dia 21/22
  • Organização de informação - dia 28/29
Pode acontecer que surja algo de interessante para partilhar nos intermédios mas estes tópicos estão garantidos de serem abordados nas próximas semanas.

Calendário

04 outubro, 2011
E uma vez mais voltamos à lenga-lenga do calendário de releases para os posts. Ainda não tenho internet em casa na universidade e infelizmente ainda não posso carregar com pesos pesados - nomeadamente o portátil, eh - devido à recuperação da cirurgia até ordem contrária da médica.
Uma vez que este ano suprimiram uma cadeira e arremataram-na para 4dias num semestre (ao invés das clássicas 16/17 aulas) e de ter somente uma teórica e uma teórico-prática totalmente cingida às aulas em termos de trabalho extra, sobra muito tempo e espero que seja desta que ele se torne viável em termos de produtividade de projectos.
Neste momento estou de volta de dois projectos maioritários:


O webcomic SitR - a adaptação do manuscrito do primeiro volume da série do projecto - e o volume seguinte, abordado neste blog. Provavelmente irei postar mais informações em duas páginas secundárias que estou a construir no blog, mas que irei postar somente quando estiverem concluídas. As páginas incluirão informação sobre o projecto em geral assim como informação específica sobre o livro - personagens, informação de pesquisa, etc. Irei também talvez ir adicionando informação sobre o webcomic. Ainda não cheguei no manuscrito à parte onde surgem uma vez mais as personagens dessa história, mas é uma garantia que surgiram. Para quem seguir o webcomic provavelmente irá tropeçar em spoilers no blog, já que falarei sobre o volume seguinte. Mas o visual irá compensar, creio.
Irei postar ainda esta semana o calendário de posts para o mês e tentar terminar as páginas de informação.
Digam-me o que acham de fazer uma página paralela no Facebook com mini-updates/notificações.

Da personagem ao plot - como conseguir o auge da história

08 julho, 2011
Encontro sempre que existem dois lados num plot de uma história - o desenredo que afecta tudo o que entra nessa história e o desenredo da personagem. Vendo isso, existem esses mesmos dois lados por onde pegar quando se desenvolve um plot.
Pessoalmente pego sempre nas personagens, porque na verdade as minhas ideias usualmente surgem a partir de situações entre personagens. Apanho de vez em quando entraves para desenvolver o plot no que toca ao clímax da história. Todavia, desta maneira, é-me possível desenvolver melhor as personagens ao longo da história, o que para mim é mais importante, já que são elas que conectam o leitor à história.
Quando isto acontece é necessário andar às turras com nós próprios, procurando  algo que preencha correctamente este buraco que surge na história. Normalmente faço brainstormings, ponderando soluções simples, durante algum tempo.

Se isto não funciona, pesquiso no Google por ideias generativas de plot. Isto é, ideias numa frase completamente aleatórias.
36 situações dramáticas básicas que podem suscitar ideias de Georges Polti 
Claro está que não uso logo o que me aparece à frente. Muitas das vezes faço listas que para aquele caso se tornam inúteis ou surge o clique com algo que nada tem a haver com as ideias generativas, mas surge delas e encaixam no que pretendia. Ter uma listagem própria e pessoal também pode ajudar.

Outra forma um pouco mais dispersa são livros, televisão e meios semelhantes. Muitas ideias minhas partiram esporadicamente de ver, ler ou ouvir algo, mas o importante é tomar nota delas e guardá-las para uso futuro.
No que toca a expandir a história de uma personagem para um plot é necessário ter certos aspectos em conta:
  • As personagens têm que criar empatia com os leitores - Se não existe qualquer tipo de reacção emotiva por parte do leitor perante as personagens então a história falha logo por aí. Volto a sublinhar o efeito PEE e a sua importância.
  • O plot tem de ultrapassar as personagens - Isto é essencial se quisermos alargar a importância das acções das personagens e tornar o plot mais intrínseco. Aumentar a responsabilidade das acções das personagens ajuda a aumentar a importância de cada passo que elas tomam e a conectar o leitor às personagens.
  • O plot deve envolver as personagens - Se nada de relevante as personagens fazem então nada fazem metidas na história. Tudo o que não é relevante para o desenvolvimento do plot deve ser cortado pela raiz.
  • As personagens devem mudar - Fazer crescer as personagens ao longo da história tornando-as psicologicamente activas e não passivas, isto é, equilibrando a emoção com a racionalidade delas em acções dentro dos conformes dos conflitos do plot mantém o leitor interessado. Terminar com uma personagem que tem a mesma atitude com que se começou é o mesmo que não ter escrito nada. As pessoas são moldadas por experiências, assim também devem ser as personagens.

Em marcador

13 março, 2011
Ando com uma lista de posts pendentes que publicarem possivelmente durante esta semana.
O manuscrito tem andado para a frente, embora de forma lenta - muito pouco tempo para isso e não rotineiro.
Vou falar um pouco de personagens e o seu papel em construir o plot, edição primária e como encarar os manuscritos.
Estou também a construir a página com informação sobre todo o projecto, e os livros.
Espero conseguir levar isto até ao fim. Até lá, fiquem em pulgas!

Review - Orbias vol. I

30 janeiro, 2011
Não tenho por hábito fazer reviews, mas acho que sendo tão poucos os autores portugueses que pego que eles merecem que eu as faça além de na minha cabeça.

Ontem comecei o primeiro volume da dupla Orbias, pelo Fábio Ventura, As Guerreiras da Deusa.
Hoje de manhã terminei o livro.

A primeira coisa que me saltou à mente foi que o livro parecia um cross rasca de fantasia clássica, um mahou shoujo anime igual a todos os outros e Final Fantasy. Em alguns momentos quase que podia apontar quais as séries de onde isto ou aquilo tinha saltado. A ideia em geral era óptima e cheia de potencial. Mas houve tantos tropeções que os deixei de contar. Não tive nenhuma empatia com as personagens, desgostei imenso do Sebastian. Acho que a única personagem que ainda gostei algo foi o Adam.
A forma das armas, péssima ideia. No sexyness at all. Parecia mesmo saído de um mahou shoujo vulgar. Não encontrei razão nenhuma para gostar das protagonistas. Tive mais empatia com a história em si do que com elas, o que é uma pena, porque é o que liga mais um leitor ao livro. Para não falar de que senti as personagens como muito irreais pelos seus comportamentos e linguagem.
Houve muitas partes que poderiam ter sido cortadas, pois não faziam diferença nenhuma estarem ou não. Não chegou a existir nenhum momento de climax que me fizesse agarrar o livro colado à cara e suster a respiração.
Acho que o maior pecado ainda foi os deslizes para um cenário Twilight. Podiam ter passado ao lado, não fosse a esparrela de dar de caras com a frase de Noemi estampada no papel com "vampiro" pelo meio.
Sinto-me triste, porque levantaram-me muito as expectativas para o livro, e afinal não foi tão bom como esperava. 


Isto, contudo, é uma coisa boa. Ler um livro que não é tão bom, como autora, só me faz ganhar mais conhecimento em relação ao que não devo fazer. Porém não culpo somente as falhas ao autor.
Cada vez mais acho que a publicação de autores portugueses é deficiente. Não existe qualquer tipo de edição e revisão dos livros que são publicados. Pelo menos, é a ideia que transparece por parte das editoras e fico mais convencida disso a cada livro.
Não quero com isto parecer arrogante. Mas eu já li como quem respira, e já me passaram coisas estranhas pelas mãos. E consigo distinguir um bom livro de comuns. É impossível escrever-se um livro sozinho, vai-se cometer sempre muitas esparrelas. Os grandes hits que vemos passam pelas mãos de muita gente antes de irem para as prateleiras e às vezes chegam a ser bem diferentes do que o manuscrito inicial do autor. Isso aqui parece não acontecer. E os amigos e conhecidos dos autores parecem todos sofrer do síndrome de back patting, como a wapy diz. Todos dizem vão dizer que está bom, e por duas razões. Ou não percebem da coisa, ou simplesmente não têm coragem de dar uma opinião honesta. E são as críticas que nos fazem melhorar. Não as palmadinhas nas costas.

Anatomia esquelética de um plot

27 janeiro, 2011
Em referência ao post Estrutura e como organizar facilmente uma decidi exemplificar uma das formas que mencionei - post-it's/notas -, mas aliada ao método de resumo capitular. Isto é, a história é estruturada capítulo a capítulo, cada um descrito por um pequeno parágrafo entre cinco e dez linhas. Sempre que falta um detalhe ou deva haver uma introdução - basicamente uma nota lateral - ao invés de escrever na margem, que provavelmente tornaria essa nota quase invisível, adiciono um post-it na margem, que deliberadamente deixo maior para o colar.
 Algo do género. As notas são em inglês para ninguém em casa cuscar!
Segue um pouco o que fiz para o primeiro volume da série, listagens em tópicos para cada capítulo, com uma caixa para riscar, cada tópico correspondendo a uma média de cinco páginas. 
Também uso pequenos marcadores rectangulares, que tornam fácil indicar pequenas inserções a meio desses resumos:
 
Oh, olhem, sou eu! 8D

Se isto for mantido num caderno, ou algo semelhante, não perdem os papelitos. Por exemplo, eu costumo usar um caderno quadriculado A4 (acima na foto) ou A5 para manter notas de ideias para não só este manuscrito, como para outros da mesma série e de outras e até mesmo para designs dos livros ou sítios/cenas que descrevo em partes. Provavelmente vou mudar para um tamanho mais pequeno e portátil e com folhas sem linhas.

Recomendações III

22 janeiro, 2011
Ainda estou um pouco atordoada dos últimos trabalhos para a universidade e preciso de me organizar para trabalhar o livro.
Enquanto isso, tropecei no site That Cover Girl, o qual eu adorei.
Devo dizer que tenho grande queda para apreciar capas de livros, o qual se compreende vista bem a área na qual estudo e trabalho. O site é bastante interessante, tendo em conta que chega a haver mesmo entrevistas com  designers de capas de livros bastantes conhecidos.

Em ano novo

09 janeiro, 2011
Não deixo esmorecer o blog por vontade própria, verdade seja dita.
É complicado conciliar trabalhos que requerem bastante dedicação em termos horários (já nem digo de empenho), com hobbies. Ter-se uma actividade não serve só de ocupar tempo, mas de desanuviar, e bem desanuviar.
Pessoalmente tenho dois, aliados a um outro: desenhar manga e escrever, e fazer disso uma questão de ser internauta. Infelizmente, nada tenho feito para mim, ou praticamente nada. Será bastante claro para outros que me sinto triste de não poder alcançar realizações pessoais, especialmente porque a universidade se tem tornado bastante frustrante por questões que não quero abordar aqui.
Em vez disso vou dizer que o plot do livro está praticamente terminado e quase pronto a desenvolver. E já adquiri um livro biográfico de D. Sebastião, de Maria Augusta Lima Cruz. Estou com imensa vontade de o começar a ler, mas debato-me contra isso devido a ter tantos trabalhos e duas frequências para fazer em duas semanas até ao final deste semestre.

Quero mesmo voltar ao projecto, tenho uma vontade enorme que se interpõe com as minhas responsabilidades para com o meu futuro. Todavia tenho a sensação horrível que o meu tempo para actividades pessoais está contado, vá-se lá saber porquê.